Título: | Uma visão clínica do raciocínio para a decisão médica | Autor(es): | Rui Tato Marinho | Notas: | Bibliografia p. 127-128 | Resumo: | Um dos benefícios do exponencial avanço da Medicina Moderna é o aumento da esperança média de vida, próximo em Portugal dos oitenta anos. Vivemos numa sociedade fortemente medicalizada e dependente dos cuidados médicos, sejam de prevenção, diagnóstico, terapêutica. As doenças que afectam a população europeia são hoje em dia diferentes de há anos atrás, com o crescimento das doenças oncológicas, da obesidade, diabetes, demências, dos doentes geriátricos, mais frágeis e com multimorbilidades. O raciocínio médico mudou muito, desde os tempos do "João Semana", já que o paradigma da Medicina Clínica se tem revolucionado nas últimas décadas. O raciocínio e os algoritmos de decisão médica dependem actualmente não só do conhecimento científico, mas também de meios auxiliares de diagnóstico e terapêutica inimagináveis há anos atrás. Outros aspetos que condicionam o raciocínio médico são a crescente pressão da tecnologia (Callahan, Daniel 2009), os custos crescentes da inovação farmacológica. O doente está muito mais informado, mais doente, mais idoso, mais litigante, mais agressivo, fortemente influenciado pelas redes sociais e pela web, nem sempre veículos de informação correcta e fidedigna. É a era das Fake News, também em Medicina. Há muitas vezes uma desresponsabilização individual no sentido de responsabilizar os profissionais e o Sistema de Saúde, por doenças muito frequentemente relacionadas com comportamentos de vida não saudáveis. O médico enfrenta novos desafios que condicionam o seu raciocínio. A prática da Medicina Defensiva, com múltiplas e variadas causas ameaça a qualidade e a sustentabilidade da prática clínica. O sistema jurídico enfrenta por variadas razões novos desafios. A prática e o raciocínio médico na vida real estão em constante mutação | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 8 (jul.-dez. 2018), p. 119-128 | Assuntos: | Decisão clínica | Sistemas de apoio à decisão clínica | Risco | Multimorbilidade | Gereatria | Tecnologia biomédica | Veja também: | Marinho, Rui Tato | Localização: | |
| |
Título: | Violência sexual e de género nos campos de população refugiada : o contributo dos sistemas de justiça tradicionais na solução dos casos concretos | Autor(es): | Tatiana Morais | Notas: | Bibliografia pág. 67-70 | Resumo: | A população refugiada está sujeita ao risco de ocorrência de Violência Sexual e de Género (doravante VSG) em todas as fases do «ciclo» de refúgio. No presente estudo iremos focar a VSG que ocorre em campos de população refugiada, em especial, no campo de Mai Ayni na Etiópia e no campo de Kakuma no Quénia. Face aos dados recolhidos por investigadores no terreno, em ambos os campos de população refugiada, propomos a análise das disposições legais relevantes em ambos países, bem como, dos sistemas de justiça tradicionais a que recorrem as sobreviventes de VSG e de que constituem exemplo a Shimgelena (sistema de justiça tradicional mencionado no estudo desenvolvido por Yonas Gebreiyosus no campo de população refugiada de Mai Ayni na Etiópia) e a Maslaha (sistema de justiça tradicional mencionado no estudo desenvolvido por Claire Waithira Mwangi no campo de população refugiada de Kakuma no Quénia), com vista a desenvolver um estudo comparado entre os mecanismos legais e os mecanismos tradicionais ao dispor das refugiadas sobreviventes de VSG e aferir qual a melhor forma de tutelar os direitos das refugiadas sobreviventes de VSG | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 4 (jul.-dez. 2016), p. 49-70 | Assuntos: | Refugiado | Mediação | Violência sexual | Violência de género | Etiópia | Quénia | Veja também: | Morais, Tatiana | Localização: | |
| |
Título: | A violência obstétrica : a violência institucionalizada contra o género | Autor(es): | Vânia Simões | Notas: | Bibliografia pág. 93-94 | Resumo: | Considerando que a noção de violência adquire vários contextos em matéria de direitos humanos - violência contra as mulheres, violência doméstica, violência conjugal, violência familiar, violência de género - o propósito deste estudo é refletir sobre a categoria "violência obstétrica", afirmada por um grupo de mulheres que se reconhecem vítimas de danos causados por atos considerados violentos no âmbito do parto hospitalar em razão de certas práticas utilizadas na obstetrícia. Atualmente não existe legislação específica dedicada à proteção dos direitos das mulheres no contexto do parto, com exceção do direito ao acompanhamento. Ainda assim, as formas mais comuns de violência obstétrica devem-se à falta de informação/ conhecimento da mulher quanto aos procedimentos aos quais será submetida. Neste sentido, propomo-nos a abordar os direitos reprodutivos e sexuais das parturientes à luz do direito penal e do direito médico sem esquecer a vertente dos direitos humanos onde verificamos haver conflito com o discurso médico-científico existente | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 6 (jul.-dez. 2017), p. 73-94 | Assuntos: | Violência de género | Violência institucionalizada | Veja também: | Simões, Vânia | Localização: | |
| |
Título: | Violência doméstica e violência interpessoal : contributos sob a perspetiva do direito para a racionalização dos meios de prevenção e proteção | Autor(es): | Inês Ferreira Leite | Notas: | Bibliografia p. 62-66 | Resumo: | O presente artigo analisa as principais crenças infundadas sobre a violência doméstica, assentes em estereótipos de género prejudiciais, e seu impacto na prevenção e repressão desta criminalidade, sugerindo que uma boa caracterização social da violência doméstica, e sua distinção face à violência interpessoal, permitirá uma melhor racionalização do sistema de prevenção e proteção da vítima, devendo as mudanças concentrar-se em três focos ainda imperfeitos, para alcançar uma melhor eficácia: formação, investigação e triagem | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 10 (jul.-dez. 2019), p. 31-66 | Assuntos: | Violência doméstica | Violência de género | Protecção | Vítima | Avaliação de risco | Veja também: | Leite, Inês Ferreira | Localização: | |
| |
Título: | Violência doméstica e atividade policial | Autor(es): | Nuno Poiares | Notas: | No domínio das políticas públicas de prevenção e atuação jurídico- penal, no quadro da violência doméstica, a polícia surge como um ator essencial numa primeira linha de intervenção. As mudanças sociais e, consequentemente, do quadro legal, obrigaram a repensar o paradigma de atuação policial no plano da formação, na criação e disseminação de novas estruturas de atendimento especializado em diálogo com uma rede de parceiros estratégicos e na produção de conhecimento de apoio à decisão. No entanto, apesar deste novo olhar, existem diversos desafios a concretizar para garantir que a polícia contribui, cada vez mais, para o sentimento de segurança e a confiança no sistema por parte das vítimas. O presente artigo representa uma síntese da comunicação apresentada no dia 7 de março de 2019 na Conferência Violência Doméstica: Política Criminal e Perspetivas de Reforma, organizada pelo IDPCC-FDUL | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 9 (jan.-jun. 2019), p. 59-75 | Assuntos: | Direito penal | Violência doméstica | Polícia | Policiamento de proximidade | Apoio à vítima | Veja também: | Poiares, Nuno | Localização: | |
| |
Título: | Violação do segredo de Estado e denúncias internas | Autor(es): | Frederico Machado Simões | Notas: | Bibliografia pág. 148-150 | Resumo: | O crime de violação do segredo de Estado tem recebido escasso interesse doutrinário e é praticamente desconhecido na jurisprudência nacional. Contudo, as recentes fugas de informação classificada, em particular aquelas oriundas dos serviços de informação norte-americanos, arrastaram a temática do segredo de Estado para as manchetes dos jornais, oferecendo uma janela de oportunidade para discutir os limites do secretismo estatal. Neste estudo iremos traçar a evolução legislativa das normas que regulam o segredo de Estado, analisar o alcance da norma incriminadora e, a partir daí, retirar conclusões relativas à responsabilidade criminal dos denunciantes internos | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 6 (jul.-dez. 2017), p. 129-150 | Assuntos: | Segredo de Estado | Crime contra o Estado | Denúncia interna | Veja também: | Simões, Frederico Machado | Localização: | |
| |
Título: | Verdade e normatividade | Autor(es): | Ricardo Tavares da Silva | Notas: | Bibliografia pág. 228-229 | Resumo: | A teoria da verdade pressuposta pelas várias teses relativas à relação entre verdade e normatividade é a da verdade como correspondência. Acontece que o mapeamento ortodoxo de tais teses toma a noção de verdade-correspondência por unívoca, quando se encontram disponíveis no "mercado" duas noções: em sentido objectivo, consiste numa relação entre uma proposição "bolzaniana" e um facto; em sentido subjectivo, consiste na tradicional relação entre um juízo e um facto objectivo. Consequentemente, há, não um, mas dois grupos de teses a ter em consideração: o grupo das teses metafísicas, com a oposição de base entre não-eliminativismo e eliminativismo; o grupo das teses epistémicas, com a oposição de base entre cognitivismo e não-cognitivismo | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 6 (jul.-dez. 2017), p. 209-229 | Assuntos: | Direito penal | Filosofia do direito | Verdade | Normatividade | Veja também: | Silva, Ricardo Tavares da | Localização: | |
| |
Título: | Utilização off-label de medicamentos | Autor(es): | Isabel Fernandes ...[et al.] | Notas: | Bibliografia pág. 70-72 | Resumo: | Este trabalho teve como objectivo definir o conceito de uso off-label do medicamento, identificar grupos específicos e discutir as implicações éticas e legais do uso off-label de medicamentos (UOLM), tendo em conta a lei nacional e internacional. O risco acrescido do UOLM para a segurança dos doentes torna fundamental o consentimento informado. Aborda-se ainda a ausência de regulamentação e responsabilização por parte das farmacêuticas e entidades reguladoras e importância das entidades reguladoras nacionais e internacionais no processo de aprovação dos fármacos e de regulação do uso off-label | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 6 (jul.-dez. 2017), p. 61-72 | Assuntos: | Terapêutica | Ética | Ensaio clínico | Veja também: | Fernandes, Isabel | Localização: | |
| |
Título: | Tutela penal do património cultural | Autor(es): | António Brito Neves | Notas: | Bibliografia pág. 164 | Resumo: | O presente artigo tem por objecto a tutela penal do património cultural em Portugal. Na primeira parte, questiona-se a legitimidade da tutela penal do património cultural em geral. Procede-se depois à análise das disposições legais pertinentes | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 4 (jul.-dez. 2016), p. 147-164 | Assuntos: | Protecção do património cultural | Tutela penal | Veja também: | Neves, António Brito | Localização: | |
| |
Título: | O tribunal penal internacional e o propósito comum : que tipo de contribuição é requerida no artigo 25 (3)(d) do estatuto de Roma? | Autor(es): | Kai Ambos | Resumo: | O artigo 25(3)(d) do Estatuto de Roma não tem sido objeto de debates académicos ou jurisprudenciais. Todavia, os poucos autores que tentaram dar sentido a essa disposição têm-se deparado com sérios problemas ao fazê-lo, razão pela qual têm sido merecedores de fortes críticas. O presente trabalho não pretende abarcar todos os problemas do artigo 25(3)(d), concentrando-se, depois de algumas observações preliminares, na qualidade ou natureza da contribuição exigida por esta norma. Outros aspetos relacionados com este artigo serão tratados na medida em que sejam relevantes para o problema em causa | Publicado em: | In: Anatomia do crime. - Coimbra : Almedina. - N.º 1 (jan.-jun. 2015), p. 73-92 | Assuntos: | Direito penal internacional | Tribunal Penal Internacional | Estatuto de Roma | Veja também: | Ambos, Kai | Localização: | |
| |
|
|